sábado, 10 de outubro de 2009

HOJE DECIDI ME ARMAR




Decidi que a partir desse momento, desse exato instante não mais perpetuarei a inércia deste governo infame. Não mais serei cúmplice do descaso das autoridades “competentes” que nos lançam aos lobos vorazes que nos espreitam a cada esquina. Chega de esperar por um novo amanhã. Promessas eleitoreiras que embebedam a nossa razão usurpando nossas esperanças culminam num aborto prematuro dos nossos sonhos e do futuro de nossa juventude. Juventude esta, transviada em seus “pseudo-princípios” onde valores como honestidade e benevolência são abstraídos do cidadão elevando-se a mera utopia.
Vivemos em uma sociedade defasada de valores morais. Nossos governantes, parasitas terminais entranhados nos órgãos vitais do nosso país, sugam nossa força vital e, apoiados em um regime de governo narcisista, obriga-nos a “votar” para eleger o nosso próximo “carrasco”.
Enquanto nossa linda, porém sitiada, “Cidade Maravilhosa” é agraciada com o esplendor dos jogos olímpicos e da Copa do Mundo e a sempre “badalada” Brasília, a querida capital do governo nacional discute sansões e aumentos salariais estratosféricos – somente para nossos digníssimos Deuses políticos é óbvio – e nosso emocionado presidente da república faz seu criativo discurso vibrante “Sim, nós podemos!”, o povo, comprado, pasma diante da TV com um raríssimo momento de felicidade – mal sabe ele que pagará por esse pequeno momento por toda sua vida e da vida dos seus filhos, e a dos netos e a dos bisnetos...
O mundo dizia não às olimpíadas. Nós, é claro, dizemos sim. Quero que fique claro que não contra as olimpíadas ou a copa do mundo, pelo contrário, sou contra a premiação de genocidas emergentes que banalizam a deficientes necessidades básicas do nosso povo.
Essa política de “pão e circo” que nos é empurrada goela a baixo faz com que, alienados, esqueçamos que precisamos é de emprego, de alimentação, moradia, segurança, saúde, educação. A nossa já debilitada PAZ que se mantém apenas, graças a nossa cumplicidade casta de uma verdadeira revolução. Nossa utópica constituição de primavera nos vislumbra com os vastos e floridos campos de direitos e até nos avisa dos espinhos que nos são como por deveres. No entanto, não nos é sequer mencionado, que vivemos em um inverno perene onde no frio eterno hiberna sob o gelo fosco a nossa doce e tão sonhada primavera.
Chega de premio Nobel da paz para aqueles que apenas cumprem o que lhe é por dever. Chega de “Sim, nos podemos!” senhor presidente, pois na verdade é “Sim, nós queremos o que é nosso por direito.” Chega de criar leis que aflijam o povo e nos escravize a ideais tendenciosos e partidários. Não quero votar porque sou obrigado e sim porque é meu por direito, pois milhares lutaram e morreram por este. Não quero ser obrigado a lutar guerras arranjadas por líderes nefastos, mas morreria dez vezes para defender minha pátria e nossos filhos. Filhos que hoje, vivem a deriva num mar de caos tentando sem êxito escapar dos tubarões e monstros marinhos que infestam o planalto central no imenso coral brasiliense. Gostaria de pedir desculpas aos nossos políticos honestos, mas infelizmente ainda não fui apresentado a nenhum.
Aqui em São Luis, a situação fica ainda pior. Se político é tudo farinha do mesmo saco, a “raspa” ficou por aqui. Essa corja é tão manipuladora que mesmo todo o povo conhecendo as víboras que são, ainda assim são vítimas do seu veneno. Só mudam as cobras, o veneno é o mesmo e a vitima, iludibriada pelo doce veneno, insiste em atirar-se repetitivamente às suas presas.
O total descaso das autoridades que incita o “BOOM” da criminalidade nos torna refém da nossa própria realidade. São Luis hoje é uma terra estérea onde ervas daninha brotam e se espalham por todos os lados. Uma terra sem lei, ou melhor, até existe lei, mas ela não chega aqui. Ladrões, traficantes, assaltantes e estupradores fazem de nossas esquinas pontos de encontro. Sentenciam-nos ao claustro de verdadeiros cárceres privado. Nossas casas, comércios e empresas viraram área de lazer comunal para todas as espécies de bandidos. Nossos pontos turísticos – cartões postais como a “Lagoa da Jansen” – tornaram-se reduto de marginais e viciados onde os “profissionais autônomos” trabalham tranquilamente para o desenvolvimento econômico, deles é claro.
Nossas filhas, namoradas e esposas brincam de “roleta maranhense” – a moda do momento onde elas saem para estudar ou trabalhar e nunca sabem se vão voltar inteiras, isso quando voltam. – enquanto nós homens com nosso “neo machismo” imploramos a Deus para que às proteja, pois nós ficamos incapacitados. Ou trabalhamos – ambos - para garantir o sustendo de nossas famílias para não morrermos de fome, ou nos trancamos para nos proteger... e morremos do mesmo jeito.
Por tudo isso e muito mais, hoje, eu decidi me armar. Que seja o que Deus quiser, pois nós homens, não sabemos o que queremos mais.

Adeus,

Anderson Nogueira (Rodrigo Maranhão)
São Luis, Maranhão - Brasil

Filho dos meus pais, neto dos meus avós, irmão das minhas irmãs, marido da minha esposa e se o homem permitir, PAI DOS MEUS FILHOS.

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