domingo, 25 de outubro de 2009

Gays, Lésbicas e Simpatizantes





Aos meus amigos da TVN.
Hoje me lembrei de um fato inusitado. Certo dia, estávamos trabalhando (leia conversando) normalmente e, sem saber ao certo como, surgiu uma conversa sobre um conhecido bar GLS daqui de São Luis. Conversa vai conversa vem, e um dos meus “amigos” me convidam a “conhecer o ambiente”. De cara disse never, jamé, nunquinha da silva, to fora. Como um artilheiro que não perdoa bola dentro da área, um terceiro rapaz (que não fazia parte da conversa) solta uma “bicuda”:
- Por que você não vai? Tem medo de sair do armário? – Me segurei pra não mandar o cara pra “aquele” lugar. Respondi politicamente “Não vou simplesmente porque não quero, pois não me sentiria bem nesse lugar.” Como o gatilho de uma bomba, disparei com este meu comentário uma discussão. Elevei o status da conversa a uma “briga de valores”. O cara acusou de imediato de preconceituoso e usou a palavra do momento “homo fóbico”. Não é preconceito, é um conceito formado. Não freqüento local onde não me sentirei bem e ponto. Não iria a um clube de reggae se não gostasse da música assim como não iria à praia se não gostasse de areia. Até ontem eram eles (gays, lésbicas e simpatizantes) que ficavam no armário. Eles lutam até hoje contra isso porém, o que é inaceitável, é que queiram empurrar nós (heteros) pro armário. Hoje em dia é bonito falar “Eu sou gay”, mas é quase um crime falar “Eu sou hetero”. Rotulam-nos, pois não gostam de ser rotulados. Mais uma facção hipócrita dessa sociedade com valores corrompidos. Não tenho nada contra, mas também não tenho nada a favor dos Gays em geral. Valorizo as pessoas, o indivíduo independente da sua opção sexual, religiosa ou política. Apenas não perco tempo com pessoas mesquinhas que diante do universo dos seus umbigos enchem-se de auto-piedade e no auge do seu egocentrismo atira pedras nas vítimas dessa ignorância. Não dou audiência para esse “tipinho” de pessoas. Então se quiserem tirar a placa dos seus pescoços e colocar no meu me chamando disso ou daquilo, esteja à vontade. Posso não concordar com você, mas defendo seu direito de gostar do que você quiser.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Duas Amantes








Como um analista de sistemas ficaria fácil para mim, declarar sobre juras de amor eterno a minha paixão pela tecnologia. Podeira, através de algorítimos com seus vetores e sucessões de loops amarrar a minha rotina a uma dedicação espartana pelo “laboro” que me sustenta se não fosse por um porém, sou um pecador. Peco contra os Bytes e seus superlativos quando entrego-me a luxúria das palavras e seus “bordéis textuais”. Desde que me entendo por “gente”, vivo em matrimônio com a tecnologia mais me perverto entre livros, revistas, blogg’s e twitter’s da vida suspirando entre cada texto e postagem. Cresci na em meio a videogames, computadores, televisores. Vi surgir o celular (e quase o vi desaparecer de tanto que diminuiu o tamanho). E-mail já é quase um documento. Geladeira já é quase da família (até avisam quando estão vazias). Grande parte das pessoas tem mais coisas no seu PenDrive que na própria cabeça. Brincar de pega-pega virou lenda, a onda do momento e MMORPG (se eu não fosse da área perguntaria “se come isso com farinha?”)
Mesmo com tudo isso, mantive-me apaixonado pelos livros e seus contos da terra do nunca. Nesse conflito, deitei-me com ambas durante toda a minha vida e hoje, minhas amantes aguardam, entre rápidas escapadelas, o dia em que não mais precisarão esperar pelo nosso reencontro. Até que chegue esse dia, sigo entre minhas análises garantindo o pão de cada dia e em outros momentos encontro-me em meio a esse cabaré.
http://escolhasuaarma.blogspot.com/

Pecado Mortal



Não acreditei quando vi na TV "Mãe mata filho de oito meses". Eu estava só de passagem pela copa da empresa em que trabalho quando me deparei com o que era noticiado noprograma de TV “Cidade Alerta”. O cúmulo da degeneração dos valores. O mais incrível foi a frieza e a indiferença da maldita, ou melhor, da bendita, pois, a infeliz repetia roboticamente "só Deus poderá me julgar" ou então "estou arrependida e por isso ele irá me perdoar". Lembrei-me prontamente do "Boca do inferno" Gregório de Mattos:

"Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado ...”

É verdade meus amigos, a vida imita a arte e tamanha é a semelhança, que vivenciamos um show de horrores. A peça intitula-se "Marketeiros do Diabo" e a cada ato somos atraídos ao palco para atuar como figurantes de nós mesmos. Nossas vidas passam diante de nossos olhos que cegados pela luxúria e pela vaidade piscam vagarosamente fora do ritmo dos nossos aplausos que exaltam a autoflagelação de nossa alma.
Diferente do que, assim com ela, muitos pensam, eu sonho que ela pague na mesma moeda e que Deus julgue a sua alma, pois seu corpo, antes de apodrecer sob sete palmos de areia, é réu confesso e através deste será julgada por nós “... à César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Sendo assim, condeno teu corpo à morte. A tua alma, fica a encargo de Deus.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Atitude é tudo.





Se o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus, porque cada dia mais nós agimos como demônios? Por que o homem busca na sua fé justificativas morais para atos de pura desumanidade? Em qual igreja, templo ou Sinagoga nós estamos “escondidos” implorando a Deus para que Ele faça o nosso trabalho? Por que continuamos a procurá-lo em lugares cercados de paredes sendo que Ele não se prende a isso? Por que o procuramos no “mundo” quando o mundo inteiro pertence a Ele? Quando nos daremos conta de que somente nós somos responsáveis pelas nossas atitudes? Pra que esperar por providências divinas quando diariamente ao acordar vivenciamos o maior dos milagres?
Meus amigos, chega de “auto-piedade”, vamos à luta. E que os céus sejam testemunhas do nosso heroísmo. Que as bênçãos sejam cultivadas com nosso suor e no momento certo, que sejam colhidas por mãos calejadas pela espada. Que o mundo inteiro ouça o que, em uma só voz gritaremos “Independência ou morte!”
“Viva La vida!” e que a cada dia, possamos glorificar a Deus, pela força que nos fora dada. Que no último e nossos dias possamos, com olhos marejados, olhar para trás e relembrar que não perdemos um só instante de nossas vidas com devaneios de um mundo imperfeito.

domingo, 11 de outubro de 2009

Esperança no meio da selva







Hoje vi uma luz no final do túnel. Assistindo o globo esporte emocionei-me com a simplicidade do nosso povo. Às vezes em momentos de fúria mal dizemos a nossa sorte e amaldiçoamos o dia em que fomos colocados nesse mundo. Por diversos momentos, esquecemos que o simples fato de existirmos já nos revela uma divina providência. Quando vejo pobres abastados sacrificando horas dentro de canoas atravessando rios em direção a um povoado para um campeonato de futebol – uns para jogar enquanto outros apenas para assistir – em busca de um raro momento de diversão, vejo guerreiros que lutam pela liberdade de confraternizar. Enquanto nosso país ostenta o status de “celeiro do futebol” assim como o de “País do futebol”, vejo outro país que se chama Amazônia que luta não pela independência e sim para não ser esquecido pelo resto do Brasil. Na nossa pátria de chuteiras, nossos guerreiros vestem uniformes de digladiam-se em estádios fazendo da bola suas armas.
O maior torneio de futebol da região atraiu inúmeras pessoas de povoados ribeirinhos que acompanharam o evento por três dias. Todos são campeões, verdadeiros heróis da selva, e num campeonato onde o time da “Saudade” foi o campeão, uma interpretação literal da palavra revela o sentimento que fica com o fim do “Campeonato da Selva”. Infelizmente nos resta apenas aplaudir e torcer para que momentos raros como esse voltem a se repetir com mais freqüência. A simplicidade dos sorrisos e felicidade daquele povo mostra ao resto do país que não só de eventos milionários construímos um país mais alegre.

Que Deus abençoe a todos nós.

sábado, 10 de outubro de 2009

HOJE DECIDI ME ARMAR




Decidi que a partir desse momento, desse exato instante não mais perpetuarei a inércia deste governo infame. Não mais serei cúmplice do descaso das autoridades “competentes” que nos lançam aos lobos vorazes que nos espreitam a cada esquina. Chega de esperar por um novo amanhã. Promessas eleitoreiras que embebedam a nossa razão usurpando nossas esperanças culminam num aborto prematuro dos nossos sonhos e do futuro de nossa juventude. Juventude esta, transviada em seus “pseudo-princípios” onde valores como honestidade e benevolência são abstraídos do cidadão elevando-se a mera utopia.
Vivemos em uma sociedade defasada de valores morais. Nossos governantes, parasitas terminais entranhados nos órgãos vitais do nosso país, sugam nossa força vital e, apoiados em um regime de governo narcisista, obriga-nos a “votar” para eleger o nosso próximo “carrasco”.
Enquanto nossa linda, porém sitiada, “Cidade Maravilhosa” é agraciada com o esplendor dos jogos olímpicos e da Copa do Mundo e a sempre “badalada” Brasília, a querida capital do governo nacional discute sansões e aumentos salariais estratosféricos – somente para nossos digníssimos Deuses políticos é óbvio – e nosso emocionado presidente da república faz seu criativo discurso vibrante “Sim, nós podemos!”, o povo, comprado, pasma diante da TV com um raríssimo momento de felicidade – mal sabe ele que pagará por esse pequeno momento por toda sua vida e da vida dos seus filhos, e a dos netos e a dos bisnetos...
O mundo dizia não às olimpíadas. Nós, é claro, dizemos sim. Quero que fique claro que não contra as olimpíadas ou a copa do mundo, pelo contrário, sou contra a premiação de genocidas emergentes que banalizam a deficientes necessidades básicas do nosso povo.
Essa política de “pão e circo” que nos é empurrada goela a baixo faz com que, alienados, esqueçamos que precisamos é de emprego, de alimentação, moradia, segurança, saúde, educação. A nossa já debilitada PAZ que se mantém apenas, graças a nossa cumplicidade casta de uma verdadeira revolução. Nossa utópica constituição de primavera nos vislumbra com os vastos e floridos campos de direitos e até nos avisa dos espinhos que nos são como por deveres. No entanto, não nos é sequer mencionado, que vivemos em um inverno perene onde no frio eterno hiberna sob o gelo fosco a nossa doce e tão sonhada primavera.
Chega de premio Nobel da paz para aqueles que apenas cumprem o que lhe é por dever. Chega de “Sim, nos podemos!” senhor presidente, pois na verdade é “Sim, nós queremos o que é nosso por direito.” Chega de criar leis que aflijam o povo e nos escravize a ideais tendenciosos e partidários. Não quero votar porque sou obrigado e sim porque é meu por direito, pois milhares lutaram e morreram por este. Não quero ser obrigado a lutar guerras arranjadas por líderes nefastos, mas morreria dez vezes para defender minha pátria e nossos filhos. Filhos que hoje, vivem a deriva num mar de caos tentando sem êxito escapar dos tubarões e monstros marinhos que infestam o planalto central no imenso coral brasiliense. Gostaria de pedir desculpas aos nossos políticos honestos, mas infelizmente ainda não fui apresentado a nenhum.
Aqui em São Luis, a situação fica ainda pior. Se político é tudo farinha do mesmo saco, a “raspa” ficou por aqui. Essa corja é tão manipuladora que mesmo todo o povo conhecendo as víboras que são, ainda assim são vítimas do seu veneno. Só mudam as cobras, o veneno é o mesmo e a vitima, iludibriada pelo doce veneno, insiste em atirar-se repetitivamente às suas presas.
O total descaso das autoridades que incita o “BOOM” da criminalidade nos torna refém da nossa própria realidade. São Luis hoje é uma terra estérea onde ervas daninha brotam e se espalham por todos os lados. Uma terra sem lei, ou melhor, até existe lei, mas ela não chega aqui. Ladrões, traficantes, assaltantes e estupradores fazem de nossas esquinas pontos de encontro. Sentenciam-nos ao claustro de verdadeiros cárceres privado. Nossas casas, comércios e empresas viraram área de lazer comunal para todas as espécies de bandidos. Nossos pontos turísticos – cartões postais como a “Lagoa da Jansen” – tornaram-se reduto de marginais e viciados onde os “profissionais autônomos” trabalham tranquilamente para o desenvolvimento econômico, deles é claro.
Nossas filhas, namoradas e esposas brincam de “roleta maranhense” – a moda do momento onde elas saem para estudar ou trabalhar e nunca sabem se vão voltar inteiras, isso quando voltam. – enquanto nós homens com nosso “neo machismo” imploramos a Deus para que às proteja, pois nós ficamos incapacitados. Ou trabalhamos – ambos - para garantir o sustendo de nossas famílias para não morrermos de fome, ou nos trancamos para nos proteger... e morremos do mesmo jeito.
Por tudo isso e muito mais, hoje, eu decidi me armar. Que seja o que Deus quiser, pois nós homens, não sabemos o que queremos mais.

Adeus,

Anderson Nogueira (Rodrigo Maranhão)
São Luis, Maranhão - Brasil

Filho dos meus pais, neto dos meus avós, irmão das minhas irmãs, marido da minha esposa e se o homem permitir, PAI DOS MEUS FILHOS.